Na jornada da reciclagem, a boa notícia é que a maioria dos plásticos é reciclável. No entanto, ainda nos deparamos com um dilema: a existência de alguns tipos de plásticos não recicláveis que podem causar preocupação para os consumidores conscientes quando se trata do descarte adequado. No entanto, não é hora de desesperar. À medida que a tecnologia evolui, novas abordagens para reciclar ou reaproveitar partes ou mesmo a totalidade de produtos feitos com plástico aparentemente não reciclável podem surgir no horizonte.
Um exemplo notável desse avanço tecnológico é a reciclagem de fraldas descartáveis. No Reino Unido, uma empresa canadense inaugurou recentemente uma fábrica que recicla esses materiais, separando o plástico dos componentes orgânicos e esterilizando-o. Surpreendentemente, até os cogumelos podem desempenhar um papel nesse processo! Além disso, a mesma fábrica lida com absorventes, enquanto copos de silicone reutilizáveis também surgem como alternativas promissoras.
Agora que compreendemos que a evolução tecnológica pode ampliar as possibilidades de reciclagem, é importante identificar os plásticos não recicláveis com os quais lidamos atualmente e explorar alternativas para minimizar seus impactos na saúde humana e no meio ambiente.
Tipos de Plásticos não Recicláveis
Plásticos usados na indústria eletro-eletrônica: Esses plásticos, tecnicamente conhecidos como termorrígidos, são utilizados na fabricação de produtos eletrônicos, como computadores, telefones e eletrodomésticos. No entanto, pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, desenvolveram um novo material plástico reciclável para componentes eletrônicos. Esse material pode ser fundido e remodelado sem perder sua rigidez e resistência ao calor, apontando para um possível substituto para os termorrígidos no futuro.
Plástico tipo celofane: Normalmente, o destino desses plásticos não recicláveis é a incineração ou reciclagem energética. No entanto, um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou a possibilidade de reutilização do celofane pós-consumo na fabricação de bandejas de polpa de celulose, oferecendo uma solução criativa para o descarte desse material.
Espuma: Plásticos não recicláveis, como isopor e EVA, frequentemente acabam em aterros sanitários ou são submetidos à incineração. Além disso, materiais compostos por misturas de plásticos, como as esponjas de lavar louça, também se encaixam nessa categoria. Estudos sugerem a possibilidade de incorporar a espuma rígida na produção de blocos de cimento e argamassa, abrindo caminho para uma abordagem mais sustentável.
Embalagens a vácuo e metalizadas: Para essas embalagens, a incineração ou reciclagem energética são as opções mais recomendadas. No entanto, embalagens metalizadas, como aquelas usadas para salgadinhos e alimentos processados, apresentam desafios de reciclagem devido à mistura de plásticos que compõem o material.
Fraldas descartáveis e absorventes: No Brasil, ainda não dispomos de usinas para a reciclagem desses materiais. No entanto, no Reino Unido e no Canadá, a reciclagem de fraldas e absorventes descartáveis já é uma realidade. Como alternativa, pode-se optar por fraldas de pano para bebês e coletores menstruais ou absorventes de pano reutilizáveis para as mulheres.
Cabos de panela: Incineração ou reciclagem energética são as opções recomendadas para cabos de panela feitos de plástico. Optar por panelas 100% recicláveis, como as de aço inoxidável ou ferro, é uma alternativa sustentável.
Tomadas: Para esses tipos de plásticos não recicláveis, a incineração ou reciclagem energética são as opções preferenciais. Pesquisas sugerem que possam surgir alternativas para a fabricação de plásticos com qualidades semelhantes aos termorrígidos, mas com a vantagem de serem recicláveis.
Adesivos: Incineração ou reciclagem energética são as opções mais apropriadas para o descarte de adesivos. Evitar o consumo desses plásticos não recicláveis é a recomendação mais sensata por enquanto.
Apesar das descobertas tecnológicas em constante evolução que podem oferecer soluções para os plásticos aparentemente não recicláveis, a implementação eficaz da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2010, desempenha um papel fundamental para garantir que as empresas assumam a responsabilidade pelos produtos que fabricam e participem na logística reversa de produtos não recicláveis.
Conteúdo extraida de: ecycle.com.br/plasticos-nao-reciclaveis
A Recicla está pronta para auxiliar sua empresa na gestão de resíduos recicláveis. Entre em contato conosco e descubra como podemos fazer a diferença. Juntos, podemos cuidar melhor do nosso planeta.