Reciclagem de resíduos no RS

Com o crescimento dos centros urbanos, um dos grandes desafios da sociedade moderna é a destinação correta dos resíduos provenientes de atividades de fabricação, prestação de serviços e consumo diário. Nesse contexto, verificamos a importância e necessidade de gerenciar os resíduos por meio de um PGRS.

Mas afinal, você sabe o que é isso e do que se trata? Leia esse artigo e entenda o porquê de ele ser tão fundamental para sua empresa.

O que é?

O PGRS, ou Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, é um documento de força jurídica que contempla uma série de instruções e ações sobre o que fazer com o resíduo sólido gerado na empresa, de forma a efetuar a gestão ambientalmente adequada do mesmo.  Essas ações abordam, de forma direta e indiretamente, a coleta, o transporte, o transbordo, o tratamento, assim como a correta destinação e disposição final dos mesmos.

Quais seus principais objetivos?

O PGRS tem como destaque nos seus objetivos minimizar a geração de resíduos, proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro e correto e proteger os trabalhadores, a saúde pública, os recursos naturais e o meio ambiente.

Por que fazer o PGRS é importante?

Resumidamente, é uma forma de manter o meio ambiente mais saudável e limpo para as futuras gerações.

Além dos benefícios ambientais, com o plano elaborado será possível obter retornos financeiros para sua empresa. Com as quantidades geradas dos resíduos, a empresa poderá analisar se existem possibilidades de diminuir a redução, caso contrário, poderá reutilizar ou vender para empresas especializadas.

Dentre os principais benefícios temos:

  • A gestão de resíduo na fonte geradora;
  • A obtenção de lucro por meio da comercialização dos resíduos;
  • A redução de desperdícios no processo produtivo e, consequentemente, dos custos envolvidos;
  • A imagem socioambiental positiva da empresa/indústria.

Quem precisa fazer o PGRS?

A Lei nº 12.305/2010 torna obrigatória a elaboração e execução do Plano aos geradores de resíduos sólidos. Segundo ela, estão sujeitos:

  • Serviços públicos de saneamento básico;
  • Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que geram resíduos perigosos e não perigosos, desde que não enquadrados como resíduos domiciliares;
  • Empresas de construção civil;
  • Demais geradores de resíduos:
    • Industriais gerados tanto nos processos produtivos quanto nas instalações;
    • Serviços de saúde;
    • Agrossilvopastoril;
    • De mineração (oriundos de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios);
    • De portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.

Tipos de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos:

Existem quatro tipos de PGRS e a diferença entre eles está nas características dos resíduos a ser gerenciado. Conheça agora:

  • PGRSE – Resíduos Sólidos Especiais

Requerido quando há geração de resíduos que demandam procedimentos especiais de manejo e destinação, em função do grau de periculosidade, degradabilidade, ou outras especificidades.

Exemplos: lâmpadas fluorescentes, cartuchos de impressão, pilhas, baterias e eletrônicos.

  • PGRSS – Resíduos de Serviço de Saúde

Esse pode ser gerado por laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica, necrotérios, drogarias e farmácias, clínicas em geral, serviços de tatuagem, dentre outros.

Exemplos: culturas e os estoques de microrganismos, carcaças, peças anatômicas (órgãos e tecidos), bolsas transfusionais vazias ou com volume residual, produtos farmacêuticos, seringas, agulhas, embalagem de vacinas e medicamentos, vacinas vencidas, resíduos contendo produtos químicos, rejeito radioativo, resíduo perfurocortante em geral e resíduo comum.

  • PGRCC – Resíduos de Construção Civil

Os locais de geração estão construtoras e fábricas vinculadas a construção civil.

Exemplos: solos de terraplenagem, tijolos, telhas, placas de revestimento, argamassa, concreto, solventes, óleos e materiais que contenham amianto.

  • PGRSU – Resíduos Sólidos Urbanos

Aqui está compreendido tanto os resíduos domiciliares quanto os públicos.

Exemplos de domiciliares: embalagens, matéria orgânica derivada do preparo dos alimentos, rejeitos, tais como os oriundos de higiene, dentre outros.

Exemplos de públicos: aqueles gerados nas ações de limpeza pública, como os oriundos de varrição, de capina, de poda e da desobstrução e limpeza de bueiros e bocas de lobo.

Como ele é elaborado?

A gestão possui uma estrutura baseada no fluxo de resíduos, desde a geração até sua destinação final, são eles:

  • Análise da Situação Atual do Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
  • Levantamento dos Insumos;
  • Determinação dos Pontos de Geração de Resíduos Sólidos;
  • Classificação dos Resíduos Sólidos;
  • Segregação;
  • Manuseio;
  • Transporte Interno;
  • Acondicionamento Temporário;
  • Transporte Externo e;
  • Destinação Final dos Resíduos Sólidos.

Outro detalhe muito importante é que em uma empresa com filiais, o PGRS deve ser elaborado em cada uma delas.

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